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Restrição de Alimentos e Terrorismo Nutricional

  • Foto do escritor: Nutriversidade
    Nutriversidade
  • 10 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de nov. de 2018



As pessoas que restringem alimentos mesmo sem possuir nenhum grau de intolerância geralmente o fazem por seguir algum guru/médico que faz sensacionalismo com a nutrição, baseando-se em argumentos científicos tendenciosos. É evidente que podem ocorrer melhoras em relação à saúde e perda de peso, principalmente porque essas pessoas acabam restringindo calorias e mudando o estilo de vida radicalmente.

O problema é que na maioria dos casos, seguir esse tipo de regime alimentar além de desnecessário, é insustentável no longo prazo, e muitos ficam susceptíveis a desenvolver transtornos alimentares e prejudicar suas relações sociais e familiares. Começa gradativamente restringindo um alimento, depois vem outro, e outro, e quando se dá conta a pessoa está lá evitando se reunir com familiares ou verificando o conteúdo de cada alimento. Em algum momento muitos desses indivíduos surtam e voltam a comer os alimentos que haviam restrito da dieta, em grande quantidade, então vem o efeito rebote, a frustração e a desistência de seguir uma alimentação saudável e equilibrada.

A disseminação de dietas com restrições a determinados grupos de alimentos ou dietas sem açúcar, sem glúten, sem lactose, postagens nas mídias sociais da barriga negativa e da busca da magreza a qualquer preço oferece grandes riscos à nossa saúde que já podemos observar. Se de um lado temos o excesso de peso de mais de 60% da população Brasileira, no outro extremo está o crescimento dos transtornos alimentares (anorexia, bulimia, vigorexia, ortorexia entre outros). Os marketeiros da nutrição preocupados em demonizar alimentos sempre vão omitir os casos das pessoas que vivem muito tempo saudáveis, atléticas e felizes comendo uma grande variedade de alimentos. Muitas vezes preferem usar o extremo oposto (obesidade, sedentarismo) para defender e justificar o seu próprio extremo. Quanto maior a restrição alimentar maior o risco de compulsão, as mulheres estão sempre em busca da redução da gordura corporal, entretanto esta redução sem controle e limite traz riscos à saúde. Quando o percentual de gordura está abaixo de 17% para as mulheres pode ocorrer oligomenorréia (irregularidade no ciclo menstrual) e até amenorréia (parada da menstruação), estando associados à perda óssea na coluna e em ossos longos (osteopenia e de forma grave osteoporose). A gordura periférica possui papel importante na conversão dos hormônios andrógenos em estrógenos. Quando ocorre diminuição da gordura, a quantidade de estrógeno diminui e os andrógenos aumentam, causando a parada dos ciclos menstruais.

Para nos alimentarmos melhor a saída não é evitar certos alimentos, mas melhorar o ambiente e o comportamento. Evite ambientes estressados/ barulhentos, preste atenção ao prato, resgate o prazer nos alimentos mais simples, coma devagar, mastigando e saboreando bem os alimentos - a comunicação entre cérebro e estômago para se sentir saciado demora em torno de 20 minutos, comemos bem mais rápido do que isso, diminua as porções, evite alimentação em rodízios e Buffet e se mantenha ativo.



Carlos Eduardo F. Haluch, mais conhecido pelo apelido de Dudu Haluch. É bacharel em física pela Universidade Federal do Paraná (2007) e Mestre em física pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é graduando em nutrição (2015, UniBrasil).










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